quinta-feira, 14 de junho de 2007

Vagas para matar ratos atraem 7,5 mil em SP.


Mais de 7,5 mil pessoas amanheceram na fila na manhã desta quinta-feira em busca de uma das mil vagas de agente de saúde oferecidas pela Prefeitura de São Paulo. Os postos são temporários e o trabalho vai durar um ano.
Entre as funções que os contratados desempenharão está a dedetização de focos do mosquito da dengue e trabalhos de desratização (matar ratos). O salário oferecido é de R$ 439,38, mais R$ 46,43 de adicional de insalubridade, auxílio alimentação de R$ 9,55 por dia e vale transporte.
Para receber os interessados, foram abertos seis postos de inscrição do Centro de Apoio ao Trabalhador, ligado à CUT. O mais movimentado foi o de Itaquera, na zona leste, onde 2,3 mil pessoas se inscreveram. Os primeiros da fila chegaram às 17h de ontem para fazer a inscrição.
O posto da Liberdade recebeu 730 pessoas; de Santana, 1,7 mil; Interlagos, 700; Lapa, 1,3 mil; e Santo Amaro, outros 786 inscritos.
Como os funcionários não conseguiram preencher a inscrição de todos, as pessoas que conseguiram retirar a senha devem retornar nesta sexta-feira para finalizar o processo de inscrição.
Desempregada há quase dois anos, Bianca Aparecida Ramos, 32 anos, que atuou como recepcionista e telefonista no último emprego, disse que a questão financeira a fez procurar a vaga. "Eu não tenho medo deles (ratos)", garantiu.
Anderson Araújo, 28 anos, desempregado há um ano, trabalhou em uma empresa de informática em sua última ocupação. "A situação está muito difícil", lamenta. Para não correr risco de ficar sem a senha, ele decidiu chegar de madrugada no posto para garantir a inscrição.

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